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Por que os Protocolos são o futuro e como eles podem nos proteger de nós mesmos

Edição #1 da minha newsletter

O X (antigo Twitter) foi bloqueado no Brasil. E daí?

Enquanto isso, os criadores do Nostr, Bitcoin, Tor e outros serviços descentralizados deram de ombros e seguiram suas vidas normalmente.

É isso mesmo.

Enquanto as plataformas centralizadas se f* em meio a bloqueios e censura e seus CEOs liberam todos os dados de usuários, os protocolos descentralizados continuam firmes e fortes, como um trator que não pode ser parado.

Centralização é um império de cartas — e os protocolos são o vento que vai derrubá-lo.

Proto… O quê!?

Se você não é da área de TI, pode não saber exatamente o que é um protocolo. E eu não te culpo.

Então, deixa eu te explicar de forma simples…

Um protocolo é um contrato, um acordo, uma regra do jogo que máquinas seguem para funcionar em conjunto.

Imagine isso: várias máquinas, em vários lugares do mundo, operando de forma independente, trocando informações, realizando tarefas.

Sem precisar de um CEO mandando em tudo.

No Nostr, o protocolo garante a comunicação livre. No Bitcoin, as transações seguras. No Tor, o anonimato na internet.

E aqui está o pulo do gato: um protocolo não é uma receita de bolo. Não dita como o código deve ser escrito ou onde deve ser executado.

A única exigência é que todas as partes “falem a mesma língua” e sigam o mesmo contrato.

Por que isso é tão poderoso?

Porque, diferente de uma estrutura centralizada, onde uma única entidade faz as regras, nos protocolos descentralizados as mudanças precisam ser consensuais.

E o que significa “consensuais”?

Significa que qualquer mudança precisa passar por gente que realmente entende do assunto. Ideólogos, desenvolvedores, caras que estão na linha de frente — todos com o mesmo interesse comum.

Essas discussões acontecem de forma aberta, no GitHub, onde todo mundo pode ver. Nada de decisões secretas em salas escuras.

Isso é o que torna esses sistemas tão seguros e confiáveis.

Se você tem dinheiro investido em Bitcoin, deveria ter o direito de saber o que está rolando na reunião da diretoria. E, nesse mundo de protocolos, você tem.

Dê poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é.

Maquiavel

Com protocolos descentralizados, o poder não fica nas mãos de um único homem — seja ele um governo ou uma empresa. Ele é distribuído. E isso significa que decisões arbitrárias são muito mais difíceis de serem tomadas.

Isso é o que torna possível milhões de pessoas confiarem suas finanças a criptomoedas, ou empresas inteiras rodarem suas operações em plataformas como o Nostr.

Mas, e aqui está a grande verdade, isso não é para todo mundo…

A maioria das pessoas de 40 ainda quer um “papai”.

E tá tudo bem. Nem todo mundo nasceu para ser livre. A natureza humana é assim.

Mas para aqueles que querem ser donos do próprio destino, os protocolos oferecem uma saída.

Qualquer um pode rodar seu próprio “X” ou até ser seu próprio banco.

Mas não pense que é só isso. Para que tudo isso funcione, precisamos de mais um elemento nessa equação: os nós.

Esses nós são computadores comuns, como o seu ou o meu, que pessoas ao redor do mundo deixam ligados, rodando esses “programas”.

Dentro da rede, esses nós criam um ambiente descentralizado.

E aqui está a mágica: mesmo que um ou mais nós sejam alterados ou hackeados, a rede como um todo só será comprometida se mais de 50% + 1 dos nós forem corrompidos.

E isso, meu caro, é praticamente impossível com milhões de nós ao redor do mundo.

Isso significa que qualquer “zé mané” (como eu, por exemplo) pode rodar seu próprio “X” como um relay Nostr ou até ser um banco soberano com um nó Bitcoin.

Isso é a teoria dos jogos levada ao extremo.

Ahh mas se desligarem a internet ou acabar a energia elétrica!?

Nostr ou Bitcoin serão o menor dos seus problemas! (Vide The Walking Dead).

A criptografia será nossa salvação

Se um pai de família está rodando seu próprio nó Bitcoin, ele não quer chamar atenção, certo?

A criptografia garante que ele passe despercebido, usando a mesma matemática que um porta-aviões nuclear usa para se comunicar com o Pentágono. Estamos falando do SHA-256.

Essa maravilha da matemática te protege, desde que você seja discreto, é claro.

Nota: discreto significa não ficar escrevendo newsletters sobre o assunto, postando em rede social ou até falando por ai.

Conclusão

Estamos entrando em tempos difíceis: inflação galopante, ataques aos valores familiares, e por aí vai…

Por fim…

Sua pátria é sua família.

E para protegê-la, use as mesmas armas criptográficas que os gigantes usam, mas com a esperteza da “capa da invisibilidade” do Harry Potter.

(Sim, eu acabei de citar Harry Potter, porque eu também sou um pai de família rsrs).

Seja soberano. Seja discreto. E, acima de tudo, seja livre.

Nota mental: como será que ficaria o marketing de uma ferramenta descentralizadas hein!?